Livraria do Bairro - VERDADE E FICCAO EM O CODIGO DA VINCI - (Bart D Ehrman)
Dados do Livro
Verdade E Ficcao Em O Codigo Da Vinci
  • Titulo:

    VERDADE E FICCAO EM O CODIGO DA VINCI

  • Autor:

  • Editora:

    Gradiva

  • Coleção:

    Extra Gradiva

  • ISBN:

    989-616-035-X

  • Tema:

    Geral

  • Sinopse:

    PARA OS LEITORES QUE SE QUEREM INFORMAR, DUAS EDITORAS DE REFERÊNCIA - OXFORD UNIVERSITY PRESS E GRADIVA - PUBLICAM O LIVRO QUE REVELA O QUE É HISTÓRIA, FICÇÃO E MENTIRA EM O CÓDIGO DA VINCI.
    O Código Da Vinci é uma obra de ficção, que se lê, aliás, com muito interesse. O que é estranho é o autor declarar que o livro contém informação histórica rigorosa. O que não é verdade.
    O historiador Bart D. Ehrman mostra neste livro esclarecedor que O Código Da Vinci está cheio de inúmeros erros históricos. Bart Ehrman desmonta minuciosamente todos esses erros, que por serem apresentados como verdades históricas, iludem os leitores.
    Esta obra de Bart D. Ehrman não é apenas uma enumeração dos erros históricos de O Código Da Vinci e a demonstração inequívoca da interpretação errada que Brown faz da História. Ehrman oferece uma grande riqueza de informação fascinante sobre o cenário - historicamente exacto - do Cristianismo dos primeiros tempos. Descreve, por exemplo, a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto (que não são de conteúdo cristão, ao contrário do que Dan Brown escreve em O Código Da Vinci); sublinha em termos simples como os estudiosos do Cristianismo dos primeiros tempos determinaram as fontes mais fiáveis e analisa os muitos outros evangelhos que foram encontrados no último meio século.
    Ehrman separa o que é facto do que é ficção, as realidades históricas dos devaneios da fantasia literária. E deixa outras interrogações que desafiam os leitores de espírito livre.
    Publicado por duas editoras de referência - Oxford University Press e Gradiva - este é o livro que faltava, o livro certamente muito desejado por aqueles inúmeros leitores de O Código Da Vinci que não gostariam de ser enganados e que querem conhecer a verdade histórica.


    Quanto de verdade existe em O Código Da Vinci? De certo modo, a questão é levantada pelo próprio Código Da Vinci (na p. 1, antes do prólogo) com uma lista de pontos que classifica como FACTOS, incluindo a afirmação: «Todas as descrições de obras de arte, edifícios, documentos e rituais secretos que aparecem neste romance são exactas.»
    Mas sê-lo-ão? Não vou tratar de arte, arquitectura ou rituais. Irei tratar de «documentos». E o leitor verá que mesmo quando Dan Brown se esforça para apresentar factos (dizendo mesmo que está a relatar factos com precisão), brincou com os «factos», por isso muitos deles fazem parte, realmente, da ficção que construiu. O objectivo da minha análise é separar o que é facto do que é ficção, as realidades históricas dos devaneios da fantasia, para conhecimento dos leitores verdadeiramente interessados no início histórico do Cristianismo, especialmente na vida de Jesus e nos textos que constituem o Novo Testamento.
    Alguns Erros Factuais em O Código Da Vinci
    1. É falso que a vida de Jesus tenha sido «registada por milhares de seguidores em todo o mundo.» Ele não tinha sequer milhares de seguidores e muito menos letrados (p. 231).
    2. Não é verdade que oitenta Evangelhos «foram apreciados para o Novo Testamento» (p. 231). Isto faz parecer que houve um concurso, enviado por correio...
    3. Não é, de modo algum, verdade que Jesus não fosse considerado divino até ao Concílio de Niceia e que antes disso fosse apenas considerado um «profeta mortal». A maior parte dos cristãos no princípio do século IV reconhecia-o como divino. (Alguns achavam que era tão divino que nem sequer era humano!)
    4. Constantino não encomendou uma «nova Bíblia» que omitisse as referências às características humanas de Jesus. Para começar, não encomendou absolutamente nenhuma Bíblia. Por outro lado, os livros que foram incluídos estão repletos de referências às suas características humanas (ele tem fome, cansa-se, irrita-se, aborrece-se, sangra, morre...).
    5. Os Manuscritos do Mar Morto não foram «achados em 1950», mas em 1947. E os documentos de Nag Hammadi não contam a história do Graal, nem destacam as características humanas de Jesus. Bem pelo contrário.
    6. «O decoro social da época» não proibia de modo algum «um judeu adulto de não ser casado». Na verdade, a maior parte da comunidade que está por detrás dos Manuscritos do Mar Morto era de homens celibatários.
    7. Os Manuscritos do Mar Morto não estavam entre «os primeiros registos cristãos». Eram judeus e não continham nada de cristão.
    8. Não temos qualquer ideia da linhagem de Maria Madalena. Não há nada que a ligue à «Casa de Benjamin». E ainda que estivesse ligada a ela, isso não a tornava descendente de David.
    9. Maria Madalena estava grávida na crucificação? Essa é boa!
    10. O documento Q não é um documento que se salvou e que está escondido pelo Vaticano, nem é um livro, alegadamente, escrito pelo próprio Jesus. Trata-se de um documento hipotético que os estudiosos supuseram ter estado ao alcance de Mateus e de Lucas, que seria sobretudo uma série de pensamentos de Jesus. Os eruditos católicos romanos pensam dele o mesmo que os não católicos; não há nada de secreto quanto a isso.

    BART D. EHRMAN é uma autoridade em matéria de história da Igreja nos primeiros tempos e da vida de Jesus, presidindo ao Departamento de Estudos Religiosos da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill. Além da sua actividade universitária, tem participado frequentemente em programas do Canal História, da CNN e de outras estações de rádio e de televisão. Gravou várias séries de palestras muito populares para a Teatching Company e é, nomeadamente, autor de Jesus, Apocalyptic Prophet of the New Millenium (OUP, 1999), Lost Christianities (OUP, 2004) e Lost Scriptures (OUP, 2004).

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