Livraria do Bairro - MULHER E ARMA COM GUITARRA ESPANHOLA - (Dennis Mcshade)
Dados do Livro
Mulher E Arma Com Guitarra Espanhola
  • Titulo:

    MULHER E ARMA COM GUITARRA ESPANHOLA

  • Autor:

  • Editora:

    Assirio E Alvim

  • Coleção:

    Phala, A nº 36

  • ISBN:

    978-972-37-1400-5

  • Tema:

    Policial

  • Sinopse:

    Maynard desfaz mitos com o mesmo escrúpulo com que dispara.
    Matt West

    Este Matt West nunca existiu. É apenas mais uma das invenções de Dinis Machado para ajudar a vender o cámone, e seu irmão gémeo, Dennis McShade. Contudo, e apesar desta credibilidade acrescida de um suposto crítico estrangeiro, a censura estranhou o assunto e a linguagem deste Mulher e Arma Com Guitarra Espanhola. E foi preciso convencer, com um fabuloso passe de peito, o senhor Major da Censura Prévia que este era o último livro que tinham traduzido de um incomum autor americano de policiais de bolso. Aquele, parecendo levar à letra o culto sistemático do absurdo de que fala Dinis Machado na nota de editor introdutória, acreditou nesta improvisada patranha e o livro lá saiu sem rasuras nem cortes.
    Passava-se isto em 1968 e Dinis Machado, então director da colecção Rififi, não se coibiu de teorizar, na tal nota de editor – não falso, mas neste caso em causa própria – sobre este grande género menor que é o policial negro:
    As mortas e respeitáveis receitas são isso mesmo: mortas e estimáveis.
    Como se, inconsciente mas muito determinado, Dinis Machado soubesse que, se os dois primeiros eram o prelúdio do monumental O Que Diz Molero, este Mulher e Arma Com Guitarra Espanhola seria a preparação para o seu ainda inédito testamento literário – o perturbante e visceral Blackpot. Pequeno grande livro do grande Dennis McShade que a Assírio & Alvim em breve publicará. Para gaúdio dos grandes leitores de todas as literaturas menores.

    «(...) tudo escurecia dentro de mim, as palavras eram escuras, havia um movimento de escuridão à minha volta, e depois pensei na palavra poço, e já não havia água nesta palavra, e as bolas de bilhar pararam dentro de mim, e já não havia sangue nem som, apenas a parede que se aproximava, que crescia sobre mim. A minha nuca escureceu e fui engolido pela parede.»
    (Dos pesadelos maynardianos)

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